A estampa tem cerca de 50 anos e mostra um visual nostálgico do ciclo da madeira. Numa das ruas mais movimentadas e centrais de Soledade a fileira de casas identifica, pela arquitetura, forma, tamanho e materiais, o registro histórico de uma época, com suas diferentes peculiaridades. Iguais em altura e formato, construídas com taboamento de pinheiro nativo, em ponto alto, cobertas com taboinhas e possuíam aberturas de madeira de lei. O cercamento era feito com ripas de aproveitamento e as calçadas eram objetos raros. A rua é a Cel. Falkembach, no trecho entre a Bento Gonçalves, 7 de Setembro e Júlio Cardoso. Ao fundo a construção imponente do Moinho Soledadense que, segundo notícias recentes, está sendo recuperado e deverá voltar a funcionar.
A foto mostra mais um ângulo do centro da cidade, por volta da década de 40. No registro, feito da torre da Matriz, se observa a praça recém delineada e as edificações da época. No destaque o imponente prédio onde funcionou durante anos o saudoso Cine Imperial. Hoje de propriedade dos irmãos Salum, o velho marco está prestes a ceder lugar a uma moderna edificação que será novamente referência do centro. Esta foto está no livro Soledade na História, do jornalista, escritor e ex-promotor, que residiu muitos anos em Soledade, Sérgio da Costa Franco.
Com a proximidade das Olimpíadas é bom registrar que em tempos idos Soledade valorizava o esporte e incentiva seus atletas. O foto, tirada na década de 40, mostra a disputa acirrada de uma partida de vôlei. O local é onde hoje se encontra o Palco Jesus Marodin, a antiga Pira da Pátria, em frente a Igreja Matriz. Nota-se ao fundo a garbosa construção da Prefeitura Municipal e algumas poucas edificações do centro. A praça ainda estava na fase do nivelamento e o calçamento ainda não tinha chegado. Quem seriam os atletas.
O registro mostra o antigo e conhecido colégio das Irmãs, que durante decênios marcou grande parte da juventude estudantil de Soledade e região. Construído totalmente em madeira, o velho prédio mostrava uma engenharia própria e diferenciada. Na parte maior as irmãs possuíam internato para jovens e "juvenistas" que eram estudantes vocacionadas que abraçavam a vida religiosa. Nas demais dependências funcionavam as aulas do Jardim de Infância, primário e também uma escola de música. As irmãs capuchinhas continuam em Soledade, mas do velho colégio, restou apenas a lembrança e o exemplo, materializado na parceria positiva com o moderníssimo Medianeira/Garra.
Considerada um dos mais importantes monumentos arquitetônicos de Soledade, a Ponte Velha do Fão, como hoje é conhecida, foi projetada e construída pelo talento de Florêncio Yung. O sistema de construção empregado na obra e o corte empregado no basalto já foram alvos de estudos e observações. Construída numa época de poucos recursos, sem máquinas, sem eletricidade, sem ferro e sem cimento, ela resiste heroicamente as investidas do tempo e da ação destruidora do homem.
Revista do Centenário de Soledade
O primeiro material gráfico relativo a divulgação das pedras de Soledade e região foi editado por ocasião das comemorações do centenário de Soledade. A revista "Soledade 100 Anos - A Capital das Pedras Preciosas" foi organizada por uma comissão coordenada pelos professores Jovelino Pizzato e Maria Renatt Ruas Cardoso. O histórico e raro material foi impresso nas oficinas da CORAG e possui importantes registros históricos e fotos.
Parece que seria a vez das fotos das Kombis. Sim pois vê-se, na atual vista aqui exposta, cinco delas. Pesquizando mais vamos descobrir algumas mais.
Em Toalha de Retalhos publicamos a vez dos Fuscas, todos estacionados a frente do Café Elite. Vemos por cima desta foto a fachada antiga do Hospital Frei Clemente. À direita, de uma cobertura vwemos duas caixas d'agua que devem ser do estabelecimento onde funciona uma farmácia.
Há vários anos passados o povo instituiu A Festa do Pala. Ela era realizada semanalmente, na propriedade de um fazendeiro. Na ocasião da festa , era sorteado o local onde se realizaria a próxima festa. Nesta foto, que rememora uma destas festas, vemos, entre outros, Élcio Portela, Maneco Pedroso, de costas, também dançando, sr. Lenemhan, farmaceutico nessa ocasião. No acordeon, Miguel Goelzer Lima. A lona, ao fundo, proteção para a chuva.
Vindo de Barros Cassal, entrando na Vila Ipiranga, em dia de mau tempo, este caminhão
carregado derrapou, tombando para o lado. Algumas construções ainda se reconhece, como
o Hotel Corbelini, bem à direita. Próximo do local do acidente, o antigo Hotel De Maman.
Terror dos caminhoneiros
A bem pouco tempo, a entrada de Soledade, vindo de Barros Cassal, era um verdadeiro pavor para os caminhoneiros. Não bastasse os buracos em tempo seco, quando chovia era risco certo de valeta ou atoleiro. No mesmo local, esta semana foi aberto ao transito uma via com calçamento até o asfalto, que deverá receber também os benefícios da urbanização, com iluminação, calçadas e canteiros.
Lembranças do Carnaval em Soledade. Clube Comercial e Grêmio Esportivo PAMPEIRO. 8 e 11 de fevereiro de 1964. Todos os anos, no encerramento do baile de carnaval infantil na terça-feira, era costume os blocos e demais foliões dançarem na rua, na AV. Mal Floriano, nas proximidades do Café Elite, como se vê nesta foto, Os pais ou responsáveis pelas crianças, os pequenos foliões, estavam sempre presentes, acompanhando-os, bem como um grande número de pessoas que vinham ao local para apreciar.
Para comemorar a Semana da Pátria, foi construído na nossa Praça Central, um pequeno pavilhão de madeira, onde se realizavam apresentações alusivas à data. Nesta foto captamos o Dr. Décio de Almeida Wedy,irmão do Sr. Hercílio Wedy, discursando em homenagem à Pátria. O Dr. Décio, advogado muito conhecido da comunidade da época, faleceu ainda muitoi jovem, aos 26 anos de idade.
Valmir Cardoso liderando o serviço de radiodifusão. Valmir foi o 1º speaker da Rádio AZ, que mantivemos por muitos anos. Esse projeto de radiotransmissão foi pioneiro em nossa cidade, consistindo de alto-falantes fixados nos postes de eletricidade, em pontos estratégicos da cidade. transmitindo recados e/ou músicas.
Hotel Tomazi - o primeiro ( ? ) hotel de Soledade e o único da época. Aí se hospedavam os " viajantes ", como eram denominados os representantes comerciais que vinham visitar as poucas casas de comércio da cidade, naquela época. Localiza-se nesse local, hoje, o Edifício Sanson, na esquina da Júlio de Castilhos com a Júlio Cardoso. Entre os fotografados está o Sr. Ivo Tomazi, filho dos proprietários do referido hotel. A estrada ao longe, cortando o campo quase todo despovoado, é a continuação da Rua Júlio de Castilhos.
A foto mostra uma Formatura do Ginásio São José. Antiga quarta-série Ginasial. O instantâneo foi batido à frente da Casa Canônica. Sentados na primeira fila, Frei Estanislau e Dr. José Pinheiro.
Foto que registra o momento de instalação dos postes para a colocação dos fios de telefone e rede elétrica na rua Júlio de Castilhos, durante a gestão do Prefeito Dr. Osvaldo Gomes Vieira, que aparece à esquerda, com mãos no bolso e manta. Um pouco à direita, o Sr. João Chaves Campello, futuramente também Prefeito de nossa cidade. Os outros, que não reconhecemos, seriam funcionários da Prefeitura Municipal, na época. A foto foi batida na esquina da Rua Júlio de Castilhos com Júlio Cardoso, exatamente onde hoje se encontra o Edifício Sanson. No outro lado, estambém esquina, o prédio de Mário Dal Santo.
Trecho da rua Júlio de Castilhos em 1952.
A única casa ainda existente, aparece bem à direita da foto e pertence
ao Paulo Cesar Schleiniger. Na que está bem à esquerda da foto,
aparecendo apenas um detalhe, já funcionou como a Rodoviária Municipal
Municipal, da Sra. Elma Khun. Na esquina, onde hoje está a loja "
Rosemary Confecções", havia na última porta, um bar pertencente ao Sr.
Romeu Ferreira. Na última casa, também na esquina, temos hoje o prédio
onde funciona a farmácia do Sr. Neuri e loja de moda jovem C&D.
As marcas do rigor do frio ficaram aparentes na ruas da Soledade antiga. O Largo da Matriz com a sua tradicional paisagem, que foi completamente mudada pelo branco da neve que marcou a data de 18 de junho de 1952. Ao fundo se observam antigas construções que resistem à ação do tempo. A esquerda a escadaria da Matriz e à direita a Pira da Pátria, hoje Farroupilha.
Numa alusão ao Dia do Professor, lembramos o antigo e saudoso Ginásio São José, cuja construção foi concluída no final dos anos 40. O local foi referência na educação e na mudança da arquitetura da cidade. A cruz central e as divisões de andares se iluminavam nas noite de festas e eventos, e a imagem era visualizada até de fora da cidade. Além do Ginásio e do Contador, o prédio abrigava no último piso, o internato e, na parte frontal, funcionavam os escritórios, estúdios e o palco-auditório da Rádio Cristal. Remodelado e adaptado para múltiplos usos, o antigo prédio transformou-se no Edifício Giovanella.
Pela Kombi levantando poeira dá para identificar a época como sendo final dos anos 60 ou início de 70. A foto mostra a incrível transformação ocorrida no local em pouco mais de 30 anos. Quem pensou e teve dificuldades, fornecemos uma pista. Na esquerda a antiga subestação da CEEE e na direita o barranco que continua igual. Não descobriu ainda? É a saída para o asfalto, onde hoje se localiza a Rodoviária, a CORSAN, a UPF e o calçadão. Mudou bastante, não?
Outro angulo do centro - A foto foi tirada no final dos anos 40 e mostra outro angulo da praça e do centro da cidade. O registro foi feito da parte frontal onde hoje está a Prefeitura Municipal. Notem que a casa em frente sofreu algumas modificações, mas a estrutura permanece a mesma. No local funcionou uma bomba de combustível que foi instalada sobre o passeio público. Ao fundo, a silhueta solitária da nossa antiga e bela Igreja Matriz.
A foto que hoje está emoldurada na canônica, registra um dos ângulos de visualização da nossa praça central. Os detalhes mostram que ela ainda estava em processo de formação e plantação de ciprestes e arbustos. Interessante observar a inexistência de prédios altos e que a Casa Canônica ainda não havia sido construída. O veículo estacionado nos permite afirmar que corria o início dos anos 50. Quem seriam os dois senhores que conversam calmamente no canteiro central
Esta foto foi tirada em 1929 e faz parte do relatório da administração do Intendente Leonardo Seraffin. Nela visualizamos a Igreja Matriz no seu formato original e primitivo. Outro detalhe interessante, que aparece na foto, é a Avenida Maurício Cardoso sem pavimentação, e a área da praça ainda cercada e sem nenhum esboço de planejamento.
Numa homenagem a grande nação alvi-azul, que mesmo adormecida continua viva e pujante, a FOLHA reproduz uma das suas primeiras formações. A foto foi guardada pelo símbolo pamperista Rubens Franco e mostra, entre outros, Miranda, Corote, Harry, Nanico, Dêncio, Zaia, Agnelo e Alcides. Os Macacos continuam vivos.
A foto, do início dos anos 50, marca o início da pavimentação urbana feita através da colocação de paralelepípedos de basalto. A praça central recebia os primeiros sinais de ajardinamento interno e a primeira parte calçada com os saudosos mosaicos bicolores. Na parte inferior, à esquerda, se observa a Júlio de Castilhos recebendo a grande novidade da época, o calçamento com pedras regulares. O artístico e artesanal trabalho, resistiu por mais de meio século e agora servirá de base para a colocação do asfalto. Duas épocas, duas marcas, duas fases da história.
A recente exposição sobre os 150 Anos da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, organizada pela Sociedade Botucaraí Pró-Cultura e realizada no Centro Cultural de Soledade, resgatou verdadeiras raridades da nossa história. Utensílios, peças, paramentos, documentos, registros e principalmente fotos que mostram o sesquicentenário da comunidade católica foram expostos para saudosos atores de um cenário pretérito e para interessados jovens que vivenciarão o porvir. Dentre os registros fotográficos disponibilizados na exposição, a Toalha mostra a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade no início da década de 50, com a sua tradicional escadaria concebida pelas mãos do grande artista e construtor de origem inglesa Florêncio Yung e os flamantes carros da época, um Chevrolet e um Ford Mercury 1946 ou 48.
A foto mostra a subida da julio de castilhos, a esquerda o casarão onde hoje fica o Bibos Auto Peças, ve-se um comboio de caminhões na subida ainda sem o calçamento.
Dois curiosos registros para a história visual de Soledade. Duas fotos tiradas praticamente do mesmo local, com muitos anos de diferença. A primeira, da década de 20, mostra a Matriz ao nível da rua, sem a tradicional escadaria construída por Florêncio Yung. A segunda, do final da década de 30, já com a preciosa obra de arte feita em basalto trabalhado e dimensionado no próprio local. Raras marcas do tempo, guardadas com carinho na memória da Toalha de Retalhos.